sábado, junho 01, 2002

Canarinho

Capa do caderno de esportes d'O Globo: A volta do futebol-arte. Segundo os próprios jogadores, a seleção brasileira vai voltar a deslumbrar o mundo com criatividade e habilidade. Palavras do lateral Roberto Carlos, um dos mais animados: Chegou a hora de jogarmos como o Brasil fez ao longo de sua história, dando espetáculos e marcando gols.

Realmente o futebol é uma caixinha de surpresas! Quer dizer então que a arte que não mostraram durante as sofridas eliminatórias, ou antes disso, em 98, 94 - mesmo sendo campeã - e 90 - o grande fiasco - estava escondida o tempo todo para ser mostrada agora, na Copa de 2002?

Ah, bom!
C'est la vie

Não sei, mas estou me sentindo meio que na contramão da história... criei esse blog há apenas um dia, estou cheio de gás... mas, passeando por outros blogs, descobri uma infinidade de sites fechando as portas!

Sinto essa ferramenta como um exercício de vaidade. Se eu escrevo é pra alguém ler, senão eu simplesmente guardaria meus escritos em um canto esquecido do meu hardware. E se alguém encerra a atividade é porque essa magia acabou, por algum motivo. Preguiça? Sentimento de inutilidade? Falta de tempo?

Seja qual for o motivo, uma coisa é certa: esse movimento obedece a principal regra do nosso mundo real. Uns morrerm, outros nascem... e é a vida que segue.

sexta-feira, maio 31, 2002

Última flor do Lácio, inculta e bela

Dizem da beleza da língua portuguesa. Acho-a a mais bonita, talvez porque é a que melhor conheço. Quando prestei vestibular, o tema da redação era expor a minha opinião sobre o caráter dinâmico, de constante mudança, que a população brasileira impõe à sua língua: prejuízo ou benefício? Ora, como não apreciar este devir morfológico? Que maravilha é o nosso idioma, com a riqueza dos seus regionalismos, esse cada dia uma novidade! Foi esta dinâmica que deu ao nosso português a tesoura que cortou o cordão umbilical que o ligava à mãetrópole. E hoje é essa ciranda que transforma a mandioca em aipim, castelinha, uaipi, macaxeira, maniveira, ou que passa por cima da gramática e dá o encaixe perfeito das rimas dos cordelistas e repentistas.

Na ocasião citei Olavo Bilac, já que o poeta parnasiano estava na questão por não apreciar aquilo que julgava como o assassinato da língua portuguesa. Coloquei que o brasileiro ama a sua língua pois é um povo que fala, se expressa das mais variadas formas, mesmo ignorando as normas cultas. E é esse amor que dá aos brasileiros bocas e mentes capazes de enriquecer o seu idioma, assim como dá aos apaixonados ouvidos capazes de ouvir estrelas.

Pronominais
Oswald de Andrade

Dê-me um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco
Da nação brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso, camarada,
Me dá um cigarro

Sei que dá pra mudar a aparência desse site, só ainda não sei como. Vou correr atrás disso pra personalizar o balacoblog. Ainda sou analfabeto nesse assunto mas daqui há algum tempo espero estar tirando esse treco de letra! Pretendo também colocar espaço para comentários e o simpático contador e visitas. Alguém pode me dar um help?

Lembro-me quando comecei a usar a internet e não sabia sequer entrar numa homepage. Vivendo e aprendendo a jogar...
CAINDO NA TEIA

E não é que eu entrei nessa de blog também?

Tudo bem, demorei um pouquinho, mas o fascínio de ver meu modo de vista publicado na web fez com que eu criasse este balacoblog, que também pode ser chamado de saco de gato, já que aqui vai entrar um pouco de tudo, do que eu gosto e do que eu penso, não necessariamente nessa ordem... ;-)

Não posso deixar de citar o blog que fez com que eu me aventurasse na rede: o baticum , criado pelo jornalista Claudio Motta com a colaboração, entre outras, de seu irmão Renato - o correspondente arretado de Pernambuco. É um delicioso exemplo de bom uso deste poderoso veículo que é a world wide web. Vale a pena conferir!

Então é isso. A porta foi aberta...